31% dos brasileiros fizeram doações em 2022. Como aumentar esse número?

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O Datafolha, tradicional instituto de pesquisas, entrevistou 2.017 pessoas de todo o Brasil em janeiro deste ano, e descobriu que 31% dos brasileiros fizeram doações em dinheiro em 2022, para instituições, obras sociais de igrejas, grupos organizados ou campanhas de captação para projetos sociais.

Esse número é relevante e corrobora outras pesquisas recentes que mostram o avanço da cultura de doação no Brasil. Nos anos 2020 e 2021, a pandemia da Covid-19 impulsionou um grande aumento das doações para ajudar quem mais necessitava naquele momento. Os novos levantamentos mostram que o brasileiro quer, dentro de suas possibilidades, seguir doando, mesmo após o fim da crise sanitária.

Além desse número absoluto, é interessante analisar as diversas segmentações da pesquisa, que podem trazer insights, por exemplo, para uma organização social atingir um público mais propenso a doar em sua próxima campanha de fundraising. Por exemplo, como esperado, as pessoas com maior renda são as que mais doam. O percentual de doadores chega a 49% entre os que têm ensino superior e entre quem tem renda familiar maior que 10 salários mínimos.

Outros dados interessantes: a faixa etária que mais doa é a de quem tem entre 45 e 59 anos (35%), e o número cai para 27% na faixa de 16 a 24 anos. 33% dos homens fizeram alguma doação, contra 29% entre as mulheres. Pessoas que vivem nas capitais doam mais do que quem mora no interior e os doadores são em maior proporção nas regiões Sul e Sudeste do que no Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Todas essas variações provavelmente também se correlacionam à renda.

Educação é chave para diminuir dependência de doações

Esses números mostram que o Brasil se divide entre os que podem doar e os que necessitam das doações, evidenciando novamente nossa grande desigualdade de renda e social. Por isso, devemos lembrar que as doações são importantes, mas até por serem poucos os que podem doar e muitos os que precisam receber, é importante investir em formas de aumentar a renda da população como um todo e gerar um ciclo virtuoso de desenvolvimento.

E a educação é a chave justamente para gerar oportunidades das crianças e adolescentes de hoje conseguirem melhores empregos, empreenderem, criarem inovação e gerarem renda para eles e suas famílias, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do nosso país. Assim, teremos mais pessoas podendo ajudar quem precisa do que quem precisa de ajuda. Quem sabe, no futuro, teremos boa parte da população podendo doar parte de sua renda, não para iniciativas emergenciais de combate à fome e à miséria, por exemplo, mas para o fomento à cultura, arte, ciência, meio ambiente e educação, gerando ainda mais inovação e desenvolvimento sustentável. Para isso, é preciso mudanças estruturais e a educação é a grande ferramenta de transformação.

É nisso que o Instituto Órizon acredita. Por essa razão, direcionamos os recursos obtidos de nossos fundos mantenedores e parceiros para apoiarem OSs que fazem a diferença na educação. É assim que se transforma um país!

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