Encerrando 2022, nosso segundo ano de atividade, estamos em uma virada de ciclo aqui no Instituto Órizon, com muitos planos para 2023 e além! Nestes dois anos, formamos uma rende muito potente unida pelo propósito de fomentar investimento de impacto na área da educação, baseados no conceito de Venture Philanthropy. Firmamos parcerias com diversas organizações, empresas e outros atores que também estão nessa jornada do impacto social, e estamos sempre acompanhando estudos, pesquisas e cases de sucesso destes parceiros e de todo o ecossistema de impacto.
Uma dessas organizações que fazem a diferença é a Quintessa, uma aceleradora de impacto que reúne soluções para os desafios ambientais e sociais mais importantes que enfrentamos. Eles lançaram no final do ano, em parceria com o ICE – Instituto de Cidadania Empresarial, como parte da articulação Aliança pelo Impacto, o estudo “Caminhos para o impacto positivo”, que fez um mapeamento de atores que apoiam a jornada de médias e grandes empresas rumo à efetivação de suas políticas ESG, de sustentabilidade ambiental, responsabilidade social e governança.
Para compartilhar esse conhecimento gerado pela pesquisa sobre esse ecossistema de suporte às empresas, vamos resumir aqui alguns dos principais pontos. Assim como a Quintessa, acreditamos que esse material possui muito valor para ajudar empresas que estão iniciando agora essa jornada a seguir seu caminho tendo boas referências de potenciais parceiros.
Empresas podem trilhar nove caminhos para o impacto
O mapeamento identificou nove caminhos principais e 44 organizações que já possuem resultados completos de implementação de ações de impacto. Após a definição dos caminhos, eles consultaram diversos especialistas para validar e sugerir temas para serem abordados. A partir de uma lista consolidada de organizações que atuam em cada um desses nove caminhos, eles entraram em contato para que elas se inscrevessem para participar da pesquisa. As que toparam preencheram um formulário para descrever seus produtos e serviços e apresentar cases com médias e grandes empresas.
Para incluir cada organização no mapeamento, a equipe elaborou alguns critérios, como se a organização possui foco na potencialização do impacto positivo, se os serviços são recorrentes ou têm perspectiva de continuidade, e se são prestados há pelos menos três anos. O relatório traz uma introdução sobre essa jornada das empresas rumo ao ESG, a necessidade de mudança e os caminhos que cada empresa pode trilhar.
Entre os nove caminhos definidos, estão, por exemplo, “estratégia de iniciativas e práticas”, “desenvolvimento humano e de cultura organizacional”, “inclusão de impacto na atividade principal (core business)”, “inovação aberta com negócios de impacto” e “mensuração, reporte e certificação”. O relatório traz os detalhes do que pode ser feito em cada um desses caminhos e o perfil das 44 organizações mapeadas.
Atores estão concentrados em SP
Por fim, os dados e análises do estudo, com números interessantes. Por exemplo, 63% das organizações oferecem serviços em mais de um caminho, totalizando 93 atuações e mostrando que esses caminhos muitas vezes se cruzam e se complementam. O caminho ‘Estratégias de iniciativas e práticas” teve mais organizações envolvidas (21). Um dado preocupante é a grande concentração desses atores no estado de São Paulo (84%), mostrando a necessidade desse ecossistema se espalhar por todas as regiões do Brasil.
Entre as empresas clientes, 25% atuam no setor de serviços, 24% na indústria, 21% no setor financeiro, outros 21% no de agricultura e alimentos e 13% na educação. Ao serem perguntados quais são os maiores desafios de trabalhar com médias e grandes empresas, as respostas foram similares. O engajamento da alta liderança e a falta de conhecimento ou conscientização de que é possível integrar impacto positivo aos resultados financeiros foram os grandes problemas.
Vale a pena baixar o relatório completo para ter mais detalhes e já garantir as referências de organizações com resultados provados em ações de impacto!
Para saber mais
Estudo “Caminhos para o impacto positivo” – Quintessa