Pesquisa mostra perfil dos diretores e diretoras escolares no Brasil

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Juntos aos nossos parceiros institucionais do Todos pela Educação, o Instituto Órizon está comprometido com a transformação da educação do Brasil. Acreditamos que, com a articulação entre o Estado, setor privado e terceiro setor, a educação pode cumprir todo o potencial imaginado. Assim, melhorando a vida das pessoas e levar ao desenvolvimento sustentável do nosso país. Portanto, entender pesquisas importantes, principalmente aquelas que indicam dados relevantes como o perfil dos diretores, pode auxiliar nesse entendimento.

Além do apoio que oferecemos a organizações da sociedade civil que fazem a diferença na educação, também compartilhamos no site e no Linkedin do Órizon conteúdos com temas e tópicos importante quanto pensamos em educação básica. Entre eles, estão pesquisas e estudos de alta qualidade sobre as condições atuais, desafios e oportunidades para transformar a educação.

Gestão escolar: entendendo o perfil dos diretores no ensino brasileiro

Neste artigo, vamos falar um pouco sobre uma pesquisa realizada pelo Observatório de Educação do Instituto Unibanco sobre o Perfil dos(as) diretores(as) e desafios da gestão escolar nas redes estaduais de educação no Brasil. A gestão escolar é um dos principais desafios para que a educação básica no Brasil seja de qualidade e promova o pleno desenvolvimento. Neste campo, há muita oportunidade para parcerias dos setores público e privado, organizações sociais e o campo acadêmico para desenvolver soluções inovadoras. Esse é um dos propósitos do Instituto Unibanco, e a pesquisa sobre o perfil dos diretores escolar faz parte desse esforço.

Nos estudos de eficácia escolar, as práticas de gestão têm sido identificadas como o segundo fator. Associado ao bom funcionamento das escolas e à aprendizagem dos(as) estudantes, ela está atrás apenas do trabalho realizado por docentes em sala de aula. E, para que essa gestão seja eficiente, o papel dos diretores escolares é crucial.

A hierarquia dentro do ensino

Tradicionalmente, essa função tão importante nas escolas era ocupada não necessariamente por mérito ou experiência e competência comprovadas, mas por indicações políticas e redes de relacionamento locais. Mas isso está mudando, principalmente em processos estruturados por algumas redes estaduais e municipais de educação.

A pesquisa analisou as respostas o Censo Escolar e aos questionários contextuais do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica dos últimos dez anos, para realizar uma análise descritiva que revela tanto tendências comuns a todo o Brasil quanto situações bastante heterogêneas ao comparar as diversas regiões do país. O perfil dos(as) diretores(as) é retratado a partir de três conjuntos de características: sociodemográficas, de formação e profissionais.

Nesse sentido, além de identificar o atual perfil desses profissionais, o estudo também acompanhou como esse perfil foi se alterando ao longo da última década. Para explorar os desafios de gestão, foram examinadas quais atividades de gestão consomem mais tempo da liderança da escola. Além disso, a percepção de disponibilidade de recursos e pessoal para a direção também foi levada em consideração.

Perfil mostra evolução na formação e processo de seleção do perfil dos diretores

As análises revelam que o perfil médio do(a) diretor(a) da rede estadual é de uma mulher branca, com pelo menos 50 anos de idade. Entre as principais características estão: formada em um curso superior na área de educação distinto da Pedagogia, possui especialização e já cursou pelo menos uma formação continuada. Além disso, ela também tem entre 11 e 15 anos de experiência como docente e antes de ocupar a direção da sua atual escola não havia sido diretora. Por fim, ela ocupa a função há pelo menos três anos, mas não mais do que cinco, e chegou ao cargo por processo eleitoral com a participação da comunidade escolar.

Claro, este é apenas um perfil médio, e se formos analisar cada região do país, alguns dados se alteram. Por exemplo, a maioria dos(as) diretores(as) das regiões Norte e Nordeste são mulheres pardas. De qualquer forma, os dados apontam uma melhoria na formação desses profissionais, principalmente o aumento no percentual de diretores(as) com pós-graduação. Em 2019, 60% dos(as) diretores(as) tinham pós-graduação.

Quatro anos depois, eram 73,7%. Outra boa notícia é o avanço de processos democráticos de seleção para o cargo de diretor (a) escolar. Esse avanço levou a outro dado notável captado pela pesquisa: o aumento do número de diretores escolares homens. Em 2013, eles eram cerca de 25% do total de diretores(as), em 2023 passaram para 33%.

Desafios incluem atividades administrativas e gestão financeira

Quanto aos desafios de gestão, foram utilizados dados sobre a rotina do(a) diretor(a) e as condições de funcionamento da escola. Entre as atividades que ocupam uma parte relevante da semana de trabalho do(a) diretor(a) constam, tanto em 2019 quanto 2021, coordenar atividades administrativas e realizar a gestão financeira da escola. Além disso, eles também são responsáveis por monitorar a assiduidade dos professores e estudantes nas salas de aula. Mas o relatório da pesquisa alerta que, enquanto é possível ter uma noção mais exata do perfil dos (as) diretores (as) pelos dados do Censo Escolar e do Saeb. Sobre os desafios de gestão, essa percepção é mais turva.

Vale a pena para quem se interessa pela temática da gestão escolar baixar e ler o relatório completo da pesquisa do Instituto Unibanco. Aqui no Órizon, seguiremos compartilhando as pesquisas e estudos de alto nível que retratam a situação atual e os desafios para a melhoria da nossa educação!

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