Geração Z é destaque na pesquisa Doação Brasil 2022 do IDIS

Doação Brasil

Nós já publicamos aqui um artigo sobre a pesquisa recente do Datafolha apontando que 31% dos brasileiros fizeram alguma doação em dinheiro em 2022. A nova pesquisa Doação Brasil 2022, do Instituto de Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS), traça um cenário mais positivo: para eles, 48% dos brasileiros doaram em dinheiro em 2022. Quando perguntados se fizeram qualquer tipo de doação no ano passado, 84% dos participantes da pesquisa responderam que sim. A maior parte, 75%, fez doação de alimentos e outros materiais e bens, enquanto 26% realizaram trabalho voluntário. Já 36% fizeram doações institucionais, ou seja, para ONGs e/ou projetos socioambientais.

42,5 milhões de brasileiros doam para ONGs e projetos sociais

Esse número à primeira vista não parece muito, mas correspondem a 42,5 milhões de brasileiros que auxiliaram associações e projetos sociais, tornando sua doação mais expressiva, pois ela foi para projetos já estruturados, com público-alvo definido, o que aumenta o impacto social e eficiência desse investimento. Entre esses doadores institucionais, a maioria é da Região Nordeste. Mesmo sendo a segunda região mais populosa do Brasil, com 26,9% da população, atrás do Sudeste que tem 41,8% da população, 39% dos que doaram são dos estados Nordestinos. O Sudeste responde por 37% dos doadores, ficando atrás também da região Sul, que tem 38%. Sul e Centro-Oeste têm 32% cada e 28% estão no Norte.

Uma ótima notícia é o expressivo crescimento da mediana das doações realizadas em 2022, em relação ao ano anterior. Enquanto em 2021, a média foi R$ 200 por doação, o valor chegou a R$ 300 em 2023. Somadas, essas doações chegam a um total estimado de R$ 12,8 bilhões. Número bastante expressivo, mas que ainda não atende a todas as enormes necessidades sociais do Brasil. Afinal, precisamos não só atender a questões emergenciais como a fome, pessoas desabrigadas por desastres naturais etc., mas também investir em ações em áreas que gerem transformações efetivas na vida das pessoas e mudanças estruturais, como a educação, capacitação profissional e empreendedorismo.

Geração Z merece destaque na Pesquisa Doação Brasil

A pesquisa destacou a percepção e hábitos de doação da chamada Geração Z, que reúne os nascidos entre meados da década de 1990 e 2010, e levantou dados interessantes. A primeira é que cresceu bastante a proporção dos “Gen Zers” que doam: de 63% em 2021, passaram para 84% no ano seguinte. Mas esse aumento não se reflete na porcentagem de doadores institucionais, que diminuiu, de 33% para 27%. Apesar disso, a confiança da Geração Z nas ONGs é maior que a média da população. 39% dos mais jovens acham as ONGs confiáveis, contra 31% da população em geral.

As organizações sociais podem tirar desse dado um incentivo para focar campanhas de arrecadação neste público. O marketing digital e as redes sociais são os principais canais para atingir a Geração Z.  Os influencers e perfis que acompanham nas redes sociais são os fatores que mais influenciam 25% dos membros da Geração Z a doar, contra 17% da população em geral. O Instagram é de longe a rede mais utilizada quanto pelos mais jovens (89%) quanto no geral (85%), mas os jovens estão fortes no TikTok (13%, contra 8% da população em geral).

A pesquisa traz muito mais dados e insights muito valiosos para embasar o planejamento de fundraising de organizações sociais e qualquer entidade que realize projetos de impacto social Vale baixar e ler o relatório completo! Seguindo nosso propósito de contribuir com a consolidação e expansão do investimento social no Brasil, aqui no Instituto Órizon seguiremos apoiando e divulgando pesquisas e estudos que mostrem o panorama atual e as perspectivas da doação em nosso país!

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